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A missão das empresas de seguros e previdência no debate sobre educação financeira

Sonho Seguro - 13 de Outubro de 2020
Em 2019, o mercado nacional de seguros arrecadou R$ 270,1 bilhões, um aumento nominal de 12,1% em relação ao ano anterior, segundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg).

No primeiro semestre de 2020, o setor sofreu o impacto da pandemia e caiu 3,5% na comparação com o mesmo período de 2019. Mas, entre janeiro e junho, os planos de previdência VGBL cresceram 59,6%. Sinal de que a Covid-19 funcionou como um gatilho emocional e despertou nos brasileiros a preocupação com o futuro.

Para levar adiante essa tendência de momento e transformar o planejamento financeiro em um hábito dos brasileiros, é importante que as companhias do setor invistam em educação, conscientização e democratização do acesso a produtos de previdência e seguro de vida.

“Nossa missão é vacinar os brasileiros contra as incertezas financeiras do futuro. Somos um marketplace de previdência, com mais de 280 fundos e mais de 80 gestores. Lançamos praticamente um fundo por semana. Queremos construir um Brasil em que, cada vez mais, pessoas e famílias se sintam financeiramente protegidas em todas as fases da vida”, explicou Luciano Snel, presidente da Icatu Seguros, durante o debate virtual “Conhecimento & Ação: O papel das empresas em ensinar o brasileiro a fazer planejamento financeiro para a vida”, realizado no último dia 18.

Atendimento premium

O executivo conversou com Igor Mascarenhas, CEO e cofundador da Pier, insurtech de seguros para celulares e auto, e com Luiza Futuro, head de pesquisa na Chazz, onde vem aprimorando seus estudos dedicados a aproximar as disciplinas humanas da inteligência artificial.

Luiza lembrou que a tecnologia permite trabalhar com a segmentação, de forma a conhecer diversos públicos – “que não são apenas baixa, média e alta renda”. “Precisamos olhar para os 30% da população que não têm conta bancária, e que podem aprender a poupar ao ter acesso a produtos fáceis de utilizar”.

Nesse sentido, diz ela, as companhias podem ajudar a formar cidadãos com noções de educação financeira, na medida em que estimulem a falar de dinheiro, com linguagem acessível.

Para Igor Mascarenhas, a tecnologia criou um mundo em que esse desafio pode ser encarado: “antes você entregava atendimento de alto padrão para 20% dos clientes. Atualmente, você consegue entregar um nível de experiência premium para 100% de seus clientes”.

Com as ferramentas disponibilizadas pelas novas tecnologias, diz ele, é possível, por exemplo, pagar um seguro viagem para um cliente que perdeu o voo – e fazer o depósito antes mesmo de o consumidor solicitar o valor.

“Com o volume de dados a que temos acesso hoje, podemos inclusive ajudar os clientes evitar situações de sinistros. E, quando mesmo assim eles acontecerem, fazer os pagamentos em segundos”.

Inovação e arquitetura aberta

Luciano Snel lembrou que a Icatu investe em educação financeira, oferecendo, por exemplo, cursos on-lines e gratuitos em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, além de em uma comunicação mais próxima para desmistificar o segmento:

“Costumamos dizer que todas as pessoas deveriam fazer check-ups financeiros pelo menos uma vez ao ano, e estimulamos essas ações com cursos on-line e lives. O brasileiro acha que o seguro de vida custa três vezes mais do que de fato é seu preço, quando na verdade, do ponto de vista da segurança financeira, a combinação da previdência com o seguro de vida é uma solução muito poderosa”.

Entre as ações desenvolvidas pela Icatu está o Laboratório de Inovação, que utiliza o modelo mental do design para atender às necessidades dos clientes e criar soluções a quatro mãos com parceiros. Além disso, o portal de APIs desenvolvido pela empresa é referência no mercado, plugando fintechs, plataformas digitais e demais parceiros na construção de produtos customizados.

A companhia também se utiliza de um modelo de arquitetura aberta para complementar o portfólio de previdência privada, o que permite uma maior diversidade de fundos e ativos para todo tipo de investidor.

O resultado desse trabalho é expresso em números: em 2019, a Icatu é líder entre as seguradoras independentes e alcançou lucro de R$ 320 milhões, crescimento de 18% em relação ao ano anterior.