Crescimento do VGBL provoca alta de 11,4% na arrecadação do setor segurador
Com expansão de 49,7% no mês, o produto inverteu de queda para alta a arrecadação
Apólice - 14 de Julho de 2020A Apólice informa que o efeito VGBL selou o desempenho positivo do setor segurador em maio. Com expansão de 49,7% no mês, o VGBL inverteu de queda para alta a arrecadação, saindo de 21,4% negativos em abril para expansão de 11,4% em maio.
“É
necessário ressaltar que esse crescimento em maio foi devido exclusivamente ao
avanço dos planos de acumulação VGBL. Sem este, teria havido recuo de 2,3% na
arrecadação global de prêmios, e, ainda assim, esta taxa seria melhor que a
registrada no mês antecedente (-21,4%)”, afirma o Presidente da Confederação
Nacional das Seguradoras (CNseg), Marcio Coriolano, em seu editorial da nova
edição da Conjuntura CNseg.
Segundo
ele, “houve preferência extraordinária do direcionamento de poupanças
acumuladas no período de comprometimento de mobilidade da população, ainda mais
considerando que, inversamente, o mês de abril foi de perda líquida de receitas
do VGBL”.
Nos
cinco primeiros meses do ano, a arrecadação totalizou R$ 97,784 bilhões,
retraindo-se 5,6% sobre o mesmo período de 2019. O comportamento no ano reflete
os impactos da Covid-19 pelo segundo mês de exposição plena à pandemia do novo
coronavírus. “Isto ocorre porque, como já viemos demonstrando, o bom desempenho
da base de comparação de 2019 foi alavancado por taxas crescentes sistemáticas.
Então, a arrecadação setorial de 2020, que se presume comprometida pelos
efeitos circunstanciais da Covid-19, será sempre comparada com boa evolução das
receitas do ano que passou”, explica Coriolano.
Para
ele, pela ótica de 12 meses móveis, “a melhor medida tendencial, a inclusão do
mês de maio, ainda que com o efeito extraordinário de aumento de receitas do
VGBL, continua em marcha de desaceleração das taxas, como previsto. A taxa de
crescimento no período encerrado em abril, positiva de 10,1%, deu novo mergulho
para ainda positivos 6,7%, portanto uma perda de 3,4 pontos percentuais”.
O
segmento de Danos e Responsabilidades observou taxa negativa de 5,2%. Marcio
Coriolano ressalta que o comportamento dos diversos subsegmentos de seguros foi
heterogêneo, o que mostra que a dinâmica da vida social e econômica afetada
pelo coronavírus é influenciada de modo diverso pela mobilidade e preferência
dos consumidores. O ramo de automóveis, por exemplo, depois de longo período,
observou aumento de receitas (2,6%) e a Capitalização retomou a trajetória de
alta em maio, de 2,6%, após o recuo 18% de abril.
Coriolano
destaca também a solvência do setor de seguros, que, com o ingresso de mais R$
78,7 bilhões de reservas, fez as provisões técnicas atingirem R$ 1,1 trilhão no
ano.