Tecnologia pode alavancar adesão ao seguro rural
"Crescimento da base no Brasil emperrou até aqui na falta de clareza sobre o risco da lavoura”
Valor Econômico - 22 de Setembro de 2020Tecnologia
pode alavancar adesão ao seguro rural, diz startup Agritask
O uso
de tecnologias, associado a uma maior capacidade de resseguros e do aumento da
subvenção ao prêmio, poderá ajudar a triplicar, em cinco anos, a área agrícola
com seguro climático no Brasil. Essa é a avaliação de André Corsini,
diretor-geral da sucursal da startup israelense Agritask no país, segundo o Valor
Econômico.
Em
2019, a área segurada no Brasil totalizou 6,7 milhões de hectares, ou 14,5% da
área agrícola, incluindo os contratantes do Programa de Garantia da Atividade
Agropecuária (Proagro) — bem abaixo do patamar observado nos EUA, onde 90% da
área agrícola — ou seja, 150 milhões de hectares — é segurada. “O seguro se
torna acessível a partir do momento em que está massificado, e esse crescimento
da base no Brasil emperrou até aqui na falta de clareza sobre o risco da
lavoura”, afirma Corsini.
Segundo
ele, isso encarece o seguro para a maior parte dos agricultores que, quando
julgam ter baixo risco, simplesmente não contratam a proteção mesmo sabendo da
sua importância. Startup israelense que atua em diversas frentes no ramo da
agricultura digital, a Agritask é uma das empresas que tentam mudar essa
realidade a partir da análise de imagens de satélite, bases de dados públicas e
levantamentos a campo.
Corsini
explica que o objetivo final é oferecer melhores condições de cobertura aos
segurados e proporcionar uma operação viável para as seguradoras. Segundo ele,
o serviço se torna barato para as seguradoras, que podem oferecer produtos aos
agricultores com prêmios com valores de 10% a 20% menores e alavancar mais
contratações.