
Sócio de Penteado Mendonça e Char Advocacia e Presidente da Academia Paulista de Letras
FENAPREVI APRESENTA PESQUISA INÉDITA
FENAPREVI APRESENTA PESQUISA INÉDITA No dia 26 de outubro a FENAPREVI (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) realizou um evento para apresentar os resultados de uma extensa e profunda pesquisa realizada pelo “Datafolha”. 27 de Outubro de 2023No dia 26 de outubro a FENAPREVI (Federação Nacional de Previdência
Privada e Vida) realizou um evento para apresentar os resultados de uma extensa
e profunda pesquisa realizada pelo “Datafolha” sobre “A necessidade de proteção
e planejamento: o papel do seguro e da previdência.”
O tema é de fundamental relevância para o país e sua população. Entre as
características mais marcantes do brasileiro está a falta de preocupação com o futuro
e todas as suas consequências, como desinteresse pelo planejamento da própria
vida, falta de noção de poupança, falta de solidariedade social e mais uma
série de “faltas”, que fazem com que grande parte da população acorde de manhã
cedo preocupada em cobrir as despesas feitas ontem e começar o dia podendo
dever um pouco mais.
O brasileiro não está preocupado com o preço. O que o preocupa é se o
valor da mensalidade de mais um carnê cabe no total para gastar no mês. Como
invariavelmente o valor da dívida permanece constante e nem sempre o
faturamento segue a mesma regra, não é raro a conta não fechar e a dívida
crescer e crescer de novo, até se transformar numa bola de neve que custa mais
caro do que ele pode pagar, obrigando-o a contrair novos empréstimos para fazer
frente ao “buraco”, que segue crescendo até o cidadão estar completamente
encalacrado e acabar na lista dos devedores inadimplentes, como acontece
regularmente com milhões de brasileiros que vão para as listas de nomes sujos e
que não têm condição de sair dela sem uma renegociação do passivo.
Além deste quadro que faz parte do cotidiano nacional, há outro aspecto
que não chama tanto a atenção, mas que tem efeitos devastadores na vida de uma
família. O que acontece com os dependentes de alguém que morre, ou mais grave,
fica inválido e não consegue mais prover o sustento do grupo? A situação é muito
mais comum e mais grave do que parece. Nem sempre a verba paga pela previdência
social é suficiente para fazer frente aos custos da vida da família, na falta
de seu arrimo. E a maioria dos arrimos não costuma contratar qualquer outra
forma de proteção econômica para garantir a existência da família – com o
mínimo necessário garantido - pelo menos durante o período necessário para se
readequar ao mundo.
Apenas 15% dos brasileiros têm seguro de vida. Da mesma forma que apenas
15 milhões têm planos de previdência complementar. E a situação se repete com
os planos de saúde privados, onde só 50 milhões de beneficiários são cobertos
por eles.
No entanto mais grave do que o baixo número de “protegidos” por alguma
forma de proteção securitária é o fato de a maioria dos seguros de vida e
planos de saúde privados serem dados pelas empresas para seus colaboradores.
Neste cenário não é necessária nem a morte, nem a invalidez permanente, basta a
perda do emprego para em pouco tempo haver o fim do benefício e suas
decorrências.
O dado bom é que a pesquisa mostra também que há luz no fim do túnel.
Entendendo para que serve e como funciona o sistema boa parte dos entrevistados
demonstrou interesse nos produtos e em adquiri-los.
O caminho para mudar a realidade é longo e difícil, mas com certeza não é
impossível. Será preciso muito trabalho, ensino, formação pessoal e
profissional, mas no final o país pode ter um quadro social muito melhor.