Setor de seguros está pronto para construir resiliência climática no Brasil
Presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, defendeu o mercado como ator fundamental na prevenção de catástrofes seguros
Apólice - 15 de Maio de 2024Em evento do Lide, em Nova York, o presidente da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), Dyogo Oliveira, defendeu o setor segurador como ator fundamental na prevenção de catástrofes, na construção da infraestrutura urbana e na recuperação das cidades.
No painel “A nova visão do Brasil”, Oliveira, dividindo a mesa com deputados e senadores do País, destacou que a sociedade brasileira vive um momento de ampliação dos riscos e, por isso, é preciso tratar de fortalecer a resiliência da infraestrutura para melhor lidarmos com os eventos climáticos extremos.
A uma plateia de parlamentares, governadores e executivos de diversos setores, Oliveira ressaltou a pujança do setor segurador, que hoje responde por 6% do PIB e previu um crescimento de 12% da economia em 2024. Dada essa relevância, o presidente da CNseg defendeu que o mercado de seguros esteja no debate relativo ao planejamento e à resiliência do País contra as catástrofes, assim como para o desenvolvimento da infraestrutura das cidades.
“Precisamos nos organizar enquanto sociedade. É natural que nesse momento o País se mobilize pelo Rio Grande do Sul, assim como as empresas de seguros têm se mobilizado para atender as pessoas. No entanto, também temos que aproveitar o momento para refletir sobre como sociedade brasileira vai lidar com esses fenômenos, que estarão cada vez mais presentes”, disse, durante seu discurso.
Segundo Oliveira, o setor segurador tem observado aumento na frequência e na gravidade das intempéries climáticas no Brasil, como chuvas e seca. “Nos últimos 10 anos, mais de 90 por cento dos municípios brasileiros foram afetados por incidentes climáticos. Precisamos nos mobilizar de maneira organizada”, ressaltou.
Para o executivo da CNseg, esses são debates que precisamos ter para criar um sistema organizado de prevenção a catástrofes climáticas.
“Não devemos cobrar do setor público todas as soluções para o País. Vários sistemas de proteção precisarão ser feitos de uma forma diferente e o setor privado pode participar com iniciativas objetivas”, afirmou Oliveira.