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IRB (RE) se reinventa e traz perspectivas otimistas

CQCS - 10 de Abril de 2024
O CEO Marcos Falcão do IRB (Re), em entrevista ao Valor Econômico, afirmou que o período turbulento vivido em 2020, ficou para trás. A fala reflete os dados divulgados em março, mostrando que foram registrados R$ 114,2 milhões do lucro líquido de 2023 do ressegurador, que contrastam os anos anteriores, onde a empresa chegou a perder 85% do valor de suas ações na Bolsa de Valores.

Completando 85 anos na última quarta-feira, dia 3 de abril, o IRB vinha enfrentando dificuldades desde as acusações de fraude, em 2020, depois que a gestora de investimentos, Squadra divulgou uma carta de 184 páginas apontando uma série de inconsistências no balanço do IRB, logo após, as ações IRB (Re), na época IRBR3 caíram 25,8%, indo de R$ 44,92 para R$ 33,25.

Após as fraudes serem divulgadas, diversos executivos renunciaram aos seus postos, como o presidente do conselho do IRB, Ivan Monteiro, o CEO José Carlos Cardoso e o CFO Fernando Passos. 

Em um momento de tamanhas incertezas, o IRB se recuperou ao longo dos anos, até os dias de hoje, onde o vice-presidente de subscrição, Daniel Castillo, avalia que o ano passado marcou o fim da maior parte do trabalho de limpeza de carteira que vem sendo realizado desde 2021. “Eu diria que 2023 foi um ano da grande limpeza de carteira”, diz. “A gente se livrou de negócios que não deveríamos ter subscrito ao preço que foram assumidos, de negócios catastróficos nos EUA, na China, na Índia e no Caribe.”.

Ele afirmou ainda, que a “a carteira do Brasil já está praticamente limpa”. Ainda segundo Daniel, a meta de concentrar 80% dos contratos no Brasil deve mudar diante das chances que têm sido observadas em mercados internacionais.

“No ano passado mapeamos oportunidades na América Latina. Mas, para nossa surpresa, muitas seguradoras na Europa mostraram interesse em fazer negócios com o IRB. Estamos chegando à conclusão que vamos crescer um pouco mais a participação internacional, com um mix de 70% dos negócios concentrados no Brasil, 20% na América Latina e 10% em outras partes do mundo, incluindo a Europa, que no entanto, provavelmente, alcançaria uma participação entre 2% e 3% dos negócios, uma parcela que não impacte se houver um grande sinistro.”

Com envolvimento gradativo com o exterior, o diretor de subscrição reforça a importância da rentabilidade para a companhia diante de qualquer nova probabilidade, assim como o processo de renovação de contratos no mês de janeiro que trouxe resultados positivos. “Em janeiro e renovamos tudo o que a gente queria com preços algumas vezes até maiores. Janeiro foi muito bom, e fevereiro e março caminham na mesma direção.”

Apesar da expansão fora do país, o ressegurador afirma prioridades no Brasil,

“Fechamos escritórios em Londres e Buenos Aires e abrimos em Brasília”, diz Falcão. “Nosso líder na capital federal, o João Rabelo, foi vice-presidente de governo no Banco do Brasil e conhece muito o setor agro também.

Outro foco no novo perfil do ressegurador brasileiro está no setor público. “Fechamos escritórios em Londres e Buenos Aires e abrimos em Brasília”, diz Falcão. “Nosso líder na capital federal, o João Rabelo, foi vice-presidente de governo no Banco do Brasil e conhece muito o setor agro também.” finaliza Daniel.