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Relatório da AXA aponta mudanças climáticas como principal risco global

Apólice - 28 de Novembro de 2024
Mudanças climáticas ocupam o primeiro lugar dos riscos globais na edição 2024 do relatório divulgado pela AXA, o Future Risks Report, uma pesquisa global que oferece uma visão detalhada dos riscos emergentes percebidos tanto por especialistas, quanto pelo público geral. Este ano, o estudo incluiu a participação de mais de 23.000 respondentes em quatro regiões: Europa, América, África, Ásia-Pacífico e Oriente Médio. O relatório é uma referência global sobre os principais riscos que impactarão o futuro.

É o terceiro ano consecutivo que especialistas identificam as mudanças climáticas, instabilidade geopolítica e riscos cibernéticos como os maiores desafios. Em 2024, a desinformação, amplificada pela inteligência artificial, emerge como um risco preocupante, principalmente em um cenário mundial onde muitos países estão passando por ciclos eleitorais. A crescente polarização social e a complexidade dos riscos interconectados são temas que dominam a percepção global.

Uma das conclusões mais reveladoras da edição deste ano é o crescente alinhamento entre os riscos percebidos pelos especialistas e o público geral. Em 2024, nove dos dez principais riscos mencionados por ambos os grupos coincidem, o que evidencia um aumento da conscientização global em relação a temas sensíveis. No entanto, algumas divergências permanecem, com o público em geral dando mais ênfase a riscos como poluição e pandemias, enquanto os especialistas continuam focados em recursos naturais e riscos à biodiversidade.

Mudanças climáticas

O tópico das mudanças climáticas é uma unanimidade no topo do ranking de riscos. Eventos climáticos extremos têm sido cada vez mais frequentes e impactam países ao redor do mundo. A COP 29 se aproxima, e a expectativa da comitiva brasileira é que temas como o acesso a financiamento climático e a implementação de projetos de energia renovável que assegurem uma transição justa estejam no topo das discussões. As decisões tomadas durante a edição de 2024 da COP 29 serão cruciais para criar novos compromissos e buscar as metas do Acordo de Paris.

O Brasil deve ganhar mais atenção também nesta reunião, com a COP 30, que será sediada no país, se aproximando. Eventos climáticos ocorridos em 2024 e seu impacto em diversos setores econômicos, especialmente no setor de seguros, reforçam a importância do tema e explicam por que ele ocupa o topo do ranking de riscos futuros.

O papel das seguradoras

A edição de 2024 revela um aumento significativo na percepção de vulnerabilidade global, com 93% dos especialistas e 91% do público geral afirmando que as crises têm um impacto cada vez maior na vida das pessoas. Apesar dessa percepção elevada de vulnerabilidade, a pesquisa constatou níveis estáveis de confiança nas capacidades de várias instituições para lidar com crises emergentes. 

Para manter essa confiança, o público e as autoridades precisam agir, investindo em prevenção e mitigação, em colaboração com o setor privado, especialmente as seguradoras, que desempenham um papel fundamental: assim como 91% dos especialistas, 72% do público em geral consideram importante o papel das seguradoras no gerenciamento de riscos e proteção da população. Para cumprir seu papel, as seguradoras devem ser transparentes e se comunicar de forma eficaz para criar confiança com as pessoas em tempos de crise. 

Alexander Galli, vice-presidente de Riscos da AXA no Brasil, afirma que o lançamento do relatório tem como objetivo alertar a população para agir preventivamente diante dos riscos, buscando mitigar as consequências ou até mesmo reverter alguns cenários. “O relatório Future Risks 2024 destaca a crescente complexidade dos riscos globais e como eles se interconectam para formar o que chamamos de ‘policrise’.

No Brasil, estamos particularmente atentos aos impactos das mudanças climáticas e da segurança cibernética, que representam riscos emergentes em nosso cotidiano. Nosso papel como seguradora é essencial para fortalecer a resiliência de pessoas e empresas diante desses desafios globais.”

Melina Cotlar, Diretora de Riscos e Sustentabilidade de Mercados Internacionais da AXA, diz que os resultados da pesquisa mapeiam uma policrise global em que os riscos relacionados à mudança climática, geopolítica ou segurança cibernética estão intimamente interconectados.

“Antecipar esses riscos nos ajuda a responder de forma mais eficaz, para que o futuro não represente um risco. Como uma seguradora que é líder internacional, estamos na vanguarda dessas questões, com grande experiência em prevenção e mitigação de riscos. Temos um papel fundamental a desempenhar na elaboração de soluções globais para esses riscos globais.”

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