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Após lançar fundos e reforçar equipes, SulAmérica alcança R$ 55 bi em gestão

Apólice - 11 de Novembro de 2022
Para comemorar a marca de R$ 55,3 bilhões em gestão de ativos, a SulAmérica Investimentos realizou nesta quarta-feira, 09 de novembro, um almoço com a imprensa. Marcelo Mello, vice-presidente de Investimentos, Vida e Previdência; e Natalie Victal, economista-chefe da empresa, comentaram sobre o cenário econômico e as perspectivas para a indústria de fundos em 2023.

O total sob gestão da companhia cresceu 15,2% em relação a 2021. Segundo Mello, o crescimento do montante foi impulsionado principalmente pela captação dos fundos de crédito, que dobraram o volume sob gestão de R$ 7 bilhões para R$ 14 bilhões em outubro. “Apesar de 2022 não ter sido um ano de grande expansão do segmento, conseguimos evoluir. Os nossos lançamentos só foram possíveis graças aos reforços do time de Investimentos, que agora também conta com uma equipe de apoio para prestar serviços e sistematizar os processos, deixando a tomada de decisão para os gestores”.

De acordo com o executivo, após lançar um fundo imobiliário de papel, que investe em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), e um portfólio que investe em outros FIIs, a SulAmérica já está planejando ofertar um fundo de tijolo no ano que vem. Mello ainda comentou sobre a evolução dos critérios ESG na companhia. “Desenvolvemos uma nova política de engajamento e iniciativas climáticas, aderimos ao Código Brasileiro de Stewandship e ao IPC. Isso demonstra ao investidor a nossa preocupação de oferecer um negócio sustentável. Prova disso foi o Fundo ESG Crédito Privado ter superado R$ 1 bilhão de patrimônio”.

Sobre a visão da indústria de fundos em 2023, Mello acredita que após grande demanda dos fundos que investem em papéis de crédito privado neste ano, as carteiras que alocam em títulos prefixados e indexados à inflação devem ter liderar a captação de recursos. “Com a expectativa de queda da taxa Selic em 2023, os fundos IMA-B, que investem em título do governo indexados à inflação, e IRF-M, direcionados a papéis do Tesouro prefixados, devem ter bons ou resultados”. O executivo reforça que as ações small caps, de menor capitalização de mercado, devem ter recuperação com a queda da taxa básica de juros em 2023.

Mello ainda ressaltou a importância dos corretores de seguros para o crescimento dos fundos de investimentos. No final de 2020, a companhia fechou uma parceria com a plataforma Órama para ajudar os parceiros a expandirem sua atuação, tornando-se consultores financeiros para seus clientes. “Atualmente, temos mais de quatro mil corretores presentes na ferramenta e mais de R$ 1 bilhão em produção. Eles entenderam que, além de ser uma renda a mais, essa é uma estratégia de retenção dos segurados, trabalhando o cross sell e se capacitando para oferecer uma grade de proteção completa”.

Natalie fez uma análise política e econômica em sua apresentação, afirmando  que uns dos principais riscos para 2023 são a nova âncora fiscal do próximo governo e a sinalização para a trajetória da dívida pública. Segundo a especialista, a SulAmérica estima que essa despesa adicional com Auxílio Brasil e outros gastos para atender promessas de campanha, como o reajuste real do salário mínimo, estaria na ordem de R$ 100 bilhões a R$ 120 bilhões. “Um número ao redor de R$ 100 bilhões já está precificado pelo mercado, mas, se for disso ou se tirar o Auxílio Brasil do teto de gastos, seria negativo”.

Para a economista, esse aumento de gastos é preocupante, principalmente em um cenário de expectativa de desaceleração do crescimento da economia do Brasil. Entretanto, a SulAmérica enxerga com otimismo e projeta a taxa Selic em 12,25% no fim de 2023. Sobre o cenário externo, Natalie disse que não será favorável, havendo risco de recessão e expectativa de alta da taxa de juros nos Estados Unidos para 5,5%. “Achamos que o banco central americano vai desacelerar o ritmo de alta de juros para 0,50 ponto percentual na próxima reunião, em dezembro, mas terá que revisar para cima a taxa terminal no fim do ciclo”.

A executiva reforça que a desaceleração da economia chinesa também será um fator de risco para a economia dos emergentes. Segundo ela, o Brasil tem reservas internacionais e um déficit em conta corrente menor, estando em melhor posição que outros países. “Vemos o real negociando próximo ao patamar atual, entre R$ 5,20 e R$ 5,30. A SulAmérica prevê uma queda do crescimento do PIB brasileiro de 2,5% em 2022 para 0,3% em 2023, com a inflação devendo encerrar o próximo ano em 4,8%”.