Economia do Seguro


Francisco Galiza
Francisco Galiza

Mestre em Economia (FGV); membro da ANSP (Academia Nacional de Seguros e Previdência); autor do livro “Economia e Seguro – Uma Introdução” (3ª edição); coordenador da Revisão do Dicionário da Funenseg, em 2011; professor do MBA-Seguro e Resseguro (FUNENSEG); sócio da empresa Rating de Seguros Consultoria (www.ratingdeseguros.com.br).

Potencial do Seguro não Vida

Comentários Econômicos - 10/12/2012


Em outubro último, o LLoyd´s divulgou o estudo denominado Lloyd´s Global Underinsurance Report.

Ver...

http://www.lloyds.com/~/media/Files/News%20and%20Insight/360%20Risk%20Insight/Global_Underinsurance_Report_311012.pdf

O objetivo do trabalho foi avaliar em quais países o seguro do tipo não vida, teoricamente, estaria com um tamanho potencial menor do que ele deveria ter.

Por exemplo, no caso do Brasil, em dados de 2011, temos a seguinte metodologia:

1) Primeiro, a receita existente desse seguro, em função do PIB. No caso, 1,5%.

2) Em seguida, um ajuste para catástrofes. O texto estima quais foram, em cada país, as 10 maiores catástrofes desde 1900 (transformando as perdas em relação ao PIB de cada ano em que ela ocorreu). Essa perda é distribuída proporcionalmente, em termos esperados, para um ano somente. No caso do Brasil, o valor seria de 0,11% do PIB por ano (ou seja, US$ 2,7 bilhões de prêmios).

3) O último ajuste se refere à tradicional relação de tamanho do seguro (em termos de PIB) com a renda per capta de cada país. No caso do Brasil, com uma renda per capta anual (considerada de tamanho médio) de US$ 10 a 12 mil, o volume ideal dos prêmios anual seria de 1,9% do PIB.

4) Após todos esses cálculos, o país estaria com um volume de prêmios a menor de 0,51% do PIB (ou quase US$ 13 bilhões/ano). Essa defasagem representa 34% da receita, diante do patamar atual.

Em suma, uma abordagem interessante e criativa.

Ver abaixo o resumo dos cálculos...


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