Icatu Seguros chega a R$ 50 bi em reservas de previdência

A Icatu Seguros atingiu R$ 50 bilhões em reservas de planos de previdência privada aberta. Segundo o diretor da área na instituição, Henrique Diniz, o estoque triplicou nos últimos cinco anos. A cifra representa ainda quase o dobro do que a Icatu tinha em 2019, quando registrou R$ 28 bilhões nessa métrica.

A abertura da plataforma para produtos de outras gestoras, na visão do executivo, foi um dos fatores que contribuíram para o crescimento. “A plataforma aberta oferece ao investidor uma gestão mais eficiente e especializada, com taxas adequadas. O modelo de multigestores levou os clientes a ver a Icatu de modo diferenciado”, diz.

Para Diniz, a companhia tem potencial para dobrar de volume nos próximos anos, embora não tenha uma meta específica. Ele lembra que as reservas de planos PGBL e VGBL somavam apenas R$ 4 bilhões cerca de 11 anos atrás. O crescimento acelerou nos anos mais recentes. O executivo credita a expansão da Icatu a vários fatores. Um dos mais importantes é a construção feita nos últimos anos de uma plataforma aberta, com oferta de produtos de várias gestoras.

De acordo com o diretor da Icatu, as mudanças regulatórias, que retiraram restrições tanto na parte de alocação quanto flexibilizaram o acesso de estratégias para investidores de perfis diferentes, também contribuíram para uma mudança no mercado. “Nos últimos anos tivemos diversas alterações regulatórias, como um maior percentual de alocação em ações pelos fundos do setor e a possibilidade de uso de instrumentos derivativos. Isso fez com que os principais gestores do Brasil passassem a olhar o mercado e fizessem parcerias com as seguradoras.”

Um grande marco, segundo o diretor, se deu no fim de 2018, quando uma mudança regulatória ampliou os limites de aplicação em renda variável e ativos cambiais pelos fundos. Segundo dados da Anbima, o número de gestoras com fundos de previdência privada aberta saiu de 56 em 2015 para 125 no fim de 2020.

A Icatu estima que o número de gestores que entram no mercado tem crescido a uma taxa de 20% ao ano. “O gráfico da indústria de previdência aberta mostra que, de 2005 até o momento, saltamos de R$ 50 bilhões em reservas para mais de R$ 1 trilhão”, afirma Diniz.

A maior concorrência trouxe um ajuste para baixo de custos para os produtos. Outro fator da equação recai sobre o surgimento das plataformas digitais de investimento. “Com uma distribuição mais pulverizada, tíquetes mais baratos e uma jornada aprimorada, conseguimos alcançar um público que não consumia a previdência aberta.”