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Ferramentas podem ajudar a mitigar risco de catástrofes

Inteligência artificial e aprendizado de máquina permite prevenir efeitos de problemas

Valor Econômico - 26 de Setembro de 2022

A indústria de seguros é a que mais enfrenta a pressão de mudanças devido a eventos catastróficos no mundo, afirmou o especialista de indústria financeira e seguros para os EUA da Microsoft, Mark Crow, durante o InsurTech Connect (ITC), em Las Vegas. “Há uma série de cenários que impactam o setor, desde catástrofes climáticas até questões macroeconômicas, como inflação, recessão e alta de juros”, disse.

Na visão do especialista, o setor como um todo - seguradoras, corretoras e provedoras de serviços - tem de se preparar para cenário que vão ficar cada vez mais complexos. “As novas tecnologias podem ajudar, mas é precisa saber o que é realmente relevante e como aplicar”, explicou.

Para o especialista de seguros da Microsoft Brian Cartwright, “na perspectiva das catástrofes, vamos ter eventos cada vez maiores e mais frequentes”. De acordo com o executivo, “para nos preparar precisamos de muitos dados e poder computacional”. Cartwright ponderou que o uso de ferramentas como inteligência artificial e aprendizado de máquina pode aprimorar a habilidade das seguradoras de prevenir em maior escala os efeitos de muitos problemas, como, por exemplo, moradores deixarem áreas com previsões de catástrofes em potencial.

A gerente-geral de seguros e serviços financeiros para os EUA da Microsoft, Kim Vogel, enfatizou a importância do uso correto das tecnologias. “Modernizar os modelos [de avaliação] de riscos é a chave”, disse. “A inteligência artificial bem aplicada pode ajudar a refinar a subscrição de riscos com uso de dados alternativos”, exemplificou. Sistemas de inteligência artificial também podem ajudar a identificar comportamentos, explica Vogel. “A Microsoft tem uma plataforma de ‘insights’ de consumidores que, por exemplo, analisa a propensão a uma compra, ou ainda pode identificar uma tendência a fraude mesmo antes de existirem indícios específicos.”

Sobre outras tendências para o mercado de seguros, Crow vê a possibilidade de o metaverso fazer parte dos canais de companhias do setor. “Temos tido muitas consultas, até mesmo de seguradoras mais antigas, sobre metaverso”, disse. “A realidade virtual pode aumentar a interatividade com agentes [de distribuição] e também trazer inclusão de pessoas com algum tipo de restrição, ao permitir que interajam virtualmente com consultores e corretores.”