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Seguro transporte investe em inteligência contra roubo

Produto cresceu 21% até maio, segundo a Siscorp

Valor Econômico - 29 de Julho de 2022

O segmento de seguro transporte cresceu 21% de janeiro a maio, para R$ 2,1 bilhões, o que representa 5% do total dos R$ 42 bilhões arrecadados pelo ramo no segmento de riscos patrimoniais no período. “A prioridade é o gerenciamento de riscos e uso da tecnologia para que o segmento de transporte mantenha o crescimento de dois dígitos neste ano, com mais rentabilidade”, informa Adriano Yonamine, diretor de transporte da Sompo, líder do setor, segundo ranking produzido pela consultoria Siscorp.

As indenizações tiveram alta de 59% de janeiro a maio, comparado a igual período do ano passado, saltando de R$ 732 milhões para R$ 1,1 bilhão. Esse aumento, segundo os especialistas, tende a acarretar alta do preço do seguro. As empresas investem no gerenciamento de riscos e inteligência para mitigar os roubos, um dos maiores desafios dessa modalidade de seguro.

Carla Almeida, diretora de P&C da AXA no Brasil, também cita a questão de segurança pública bem como a péssima infraestrutura das estradas, razão para boa parte dos sinistros pagos. A bola da vez em roubo são os painéis fotovoltaicos. “Um caminhão carregado de painéis chega a ter até R$ 2 milhões em valor em risco. Mercadorias com tal classificação precisam ser avaliadas caso a caso”, explica Paulo Alves, diretor de transportes da Ezze Seguros.

“Quando o cliente se propõe acatar as orientações de especialistas em gerenciamento de risco, além de reduzir as chances de ocorrência de um sinistro, ele tem acesso a prêmios mais atraentes. E quanto menor o preço, mais empresas têm condições de acessar os benefícios do mercado segurador”, diz Luciano Santos, vice-presidente de subscrição e de riscos corporativos da Chubb do Brasil.

A sinistralidade da Tokio Marine ficou em 52,7% no primeiro semestre. “Enfrentamos taxas bem mais elevadas no começo do ano. Esta queda só foi possível porque adotamos uma série de ações para mitigar a questão e reequilibrar tecnicamente a carteira”, diz o diretor de transportes, Valdo Alves.