Intermédica tem interesse em mais 10 ativos
Alguns deles estão em negociações avançadas, segundo Irlau Machado, presidente da operadora
Valor Econômico - 18 de Novembro de 2020O Valor Econômico destaca que, apesar das 12 aquisições promovidas neste ano, a NotreDame Intermédica tem ainda no radar outros dez ativos, sendo que alguns deles estão em negociações avançadas, segundo Irlau Machado, presidente da operadora de planos de saúde.
As
aquisições deste ano incluíram na carteira da operadora 1 milhão de usuários de
planos de saúde e dental. Incluindo os ativos adquiridos, em que alguns
processos estão em aprovação de órgãos reguladores, a companhia possui hoje 4,2
milhões de usuários. Uma das transações de destaque neste ano foi a compra da
Medisanitas por R$ 1 bilhão que marcou ainda a entrada da Intermédica em Minas
Gerais - praça que nos últimos meses vem gerando forte competição entre
Intermédica e Hapvida.
A
maior parte das transações envolve operadoras com hospitais e clínicas. A rede
própria da Intermédica teve um incremento de 859 leitos hospitalares neste ano.
A companhia conta com 26 hospitais, 89 centros clínicos, 23 prontos socorros e
17 centros de medicina diagnóstica, entre outros.
A
verticalização é uma das principais razões para uma sinistralidade muito
inferior à média do mercado. No terceiro trimestre, esse indicador ficou em
68,6%, o que representa uma queda de 2 pontos percentuais. Com custos médicos
controlados, o lucro líquido da companhia saltou 97,4% para R$ 196,8 milhões no
terceiro trimestre. A receita líquida ficou em R$ 2,7 bilhões, alta de 24,1%
quando comparado a um ano antes. O adiamento e cancelamentos de procedimentos
médicos nos meses anteriores do isolamento social foi pequeno no terceiro trimestre.
“Deste
ganho de dois pontos percentuais na taxa de sinistralidade, 0,5 ponto
percentual veio de procedimentos não realizados anteriormente devido à covid”,
disse Machado. Boa parte do ganho da sinistralidade veio dos exames médicos que
passaram a ser realizados internamente. A operadora adquiriu o laboratório de
medicina diagnóstica Ghelfond, de São Paulo. “Os exames processados fora são
40% mais caros”, disse o presidente da companhia.
O
lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado
aumentou 43,4% para R$ 4558,4 milhões. A margem subiu 2,3 pontos percentuais
para 17%. A despesa comercial aumentou 30% para R$ 143 milhões devido à
intensificação de vendas à pequenas e médias empresas, cuja sinistralidade é
menor, mas demanda maiores gastos comerciais.