Previsão de subvenção do seguro rural caiu de R$ 1 bi para R$ 880,9 mi em 2020
Para 2021, o orçamento já alcançou R$ 1,065 bilhão
O Estado de S. Paulo - 16 de Setembro de 2020Previsão
de subvenção do seguro rural em 2020 caiu de R$ 1 bi para R$ 880,9 mi
O Broadcast
completa que o diretor do Departamento de Gestão de Riscos da Secretaria de
Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pedro Loyola, disse que
'de um mês para cá' o orçamento planejado para a subvenção ao seguro
rural em 2020 sofreu dois cortes, o que reduziu o montante previsto, de R$ 1
bilhão, para R$ 880,9 milhões.
'Essas
reduções não são desejáveis porque há investimentos feitos (por seguradoras),
redes de agrônomos contratadas. Estamos tentando junto ao governo dar um mínimo
de previsibilidade (ao mercado), ao menos não reduzir os recursos de um ano
para o outro', afirmou Loyola em live promovida pela Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sobre perspectivas para o seguro rural
na safra 2020/21.
Para
2021, segundo ele, até o momento a pasta não conseguiu garantir R$ 1,3 bilhão
anunciado no lançamento do Plano Safra 2020/21. 'Por enquanto temos R$
1,065 bilhão, então já fica uma tarefa para entidades do setor e para o
Ministério, de tentar aumentar esse valor. Estamos em um ano de crise por causa
da pandemia da covid-19 e, com os vários programas de auxílio financeiro do
governo, ministérios e programas têm sofrido cortes em seus orçamentos', comentou.
Com
R$ 1,3 bilhão em subvenção para apólices de seguro rural no ano que vem, o
ministério esperava chegar a 280 mil apólices contratadas, ante 190 mil
estimadas para este ano. Agora, com a perspectiva de contar somente com R$
1,065 bilhão, o total de apólices deve chegar a 228 mil em 2021, de acordo com
cálculos da pasta apresentados por Loyola.
A
área segurada, no cenário de valor reduzido, alcançaria 15,3 milhão de
hectares, ainda acima dos 12,7 milhões de hectares previstos para 2020. No ano
passado, a área coberta com seguros totalizou 6,7 milhões de hectares, segundo
o ministério.
Loyola
comentou também sobre ajustes feitos, neste ano, no porcentual da apólice
coberto por subvenção. A parcela subsidiada, no caso de culturas de verão, foi
reduzida, pelo fato de já contarem com maior área segurada e produtores destas
culturas, como soja, terem hoje com maior margem de lucro do que culturas de
inverno.
Estas,
em contrapartida, tiveram seus porcentuais de subsídio elevados, de 35% para
40%, segundo Loyola. Para as lavouras de verão, a subvenção atual varia de 20%
a 40%. 'Fizemos isso porque há restrição orçamentária', justificou.