Balanço do IRB é aprovado por acionistas e ex-diretores responsabilizados
Balanço
do IRB é aprovado por acionistas
O Sonho
Seguro registra que a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária de
acionistas do IRB Brasil RE, realizada de forma virtual, na última sexta-feira
(31), aprovou as demonstrações financeiras de 2019 do ressegurador.
Também
ficou definido o pagamento de juros sobre o capital próprio e dividendos aos
acionistas, assim como a administração foi autorizada a responsabilizar
judicialmente os ex-executivos envolvidos na divulgação de informações
inverídicas sobre a base acionária e cobrar ressarcimento dos prejuízos
causados à empresa.
Investigações
independente e interna, concluídas no fim de junho, responsabilizaram José
Carlos Cardoso e Fernando Passos, ex-CEO e ex-CFO, pela veiculação de
informações falsas sobre a base acionária, assim como pelo recebimento e
pagamento a título de bônus, sem as devidas aprovações e justificativas
internas, de aproximadamente R$ 60 milhões; realização de operação de recompra
de ações em desrespeito aos limites impostos pelo Conselho de Administração; e
incorreções nas demonstrações financeiras.
Devido
a essas incorreções, as demonstrações financeiras de 2019 foram revisadas e
apresentadas aos acionistas – com pareceres de auditores independentes, do
Comitê de Auditoria e do Conselho Fiscal da companhia –, além da proposta de
destinação do lucro líquido apurado de R$ 1.210.120.047,43. Os dois tópicos
foram aprovados.
Dividendos
Sobre
os dividendos distribuídos, o montante global de proventos foi de R$
317.053.370,63, sendo o valor líquido de impostos de R$ 287.403.511,26. Desses,
R$ 91.331.346,91 (líquido) referem-se ao lucro líquido do exercício social de
2019, o que corresponde a 7,55% do total; e R$ 225.722.023,72 (R$
196.072.164,35 líquidos) referem-se a lucros de exercícios anteriores alocados
em conta de retenção de lucros.
O
valor por ação dos proventos foi distribuído da seguinte forma: R$
198.445.591,18, a título de Juros sobre Capital Próprio bruto, declarado pelo
Conselho de Administração em novembro de 2019, equivalente a R$ 0,21307607849
por ação (R$ 0,18508733526 líquido por ação, imputado ao dividendo obrigatório);
R$ 27.276.432,54, a título de Juros sobre Capital Próprio bruto, declarados na
Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária, equivalente a R$ 0,02953635375 por
ação (R$ 0,02565658730 líquido por ação, imputado ao dividendo obrigatório); e
R$ 91.331.346,91, a título de dividendo (complemento do dividendo obrigatório),
equivalente a R$ 0,09889837927 por ação. A base do total de ações utilizada foi
de 923.486.791 ações, já excluídas as ações em tesouraria.
A
data base de cálculo para a posição acionária que fará jus aos dividendos e
juros sobre capital próprio declarados na Assembleia Geral Ordinária e
Extraordinária será 14 de agosto próximo. A partir de 17 de agosto, as ações da
companhia passarão a ser negociadas ex-dividendos e ex-juros.
onselhos
e remuneração
Os
acionistas também deram aval para a fixação do Conselho Fiscal da empresa em
quatro membros efetivos e outros quatro suplentes e, em seguida, elegeram os
oito nomes indicados pelo IRB.
Além
disso, Hugo Daniel Castillo Irigoyen foi chancelado como o nono membro titular
do Conselho de Administração da empresa. A decisão de aumentar o número de
cadeiras no Conselho de Administração foi tomada em assembleia realizada em
junho. Hugo junta-se aos titulares Regina Helena Jorge Nunes; Ivan Gonçalves
Passos; Henrique José Fernandes Luz; Marcos Pessoa de Queiroz Falcão; Marcos
Bastos Rocha; Roberto Dagnoni; e Ellen Gracie Northfleet, além do presidente
Antonio Cássio dos Santos.
A
assembleia também aprovou a proposta de fixar o limite de valor da remuneração
anual global dos administradores e dos membros dos conselhos da companhia, para
o período entre abril deste ano e março de 2021. Ficou estabelecido o montante
de R$ 42.481.999,00 para remuneração do Conselho de Administração, Diretoria
Estatutária e Conselho Fiscal.