Brasilseg vê seguro agrícola crescendo 40% este ano
O Estadão registra que a Brasilseg, do Banco do Brasil, prevê aumento de 40% deste segmento em 2020, acima dos 22% no ano passado. Ivandré Montiel, presidente da empresa, espera que o faturamento do setor com apólices chegue a R$ 3,4 bilhões, ante R$ 2,4 bilhões em 2019. Deste total, a Brasilseg detém 60% e a expectativa é garantir essa fatia, dada a crescente concorrência.
“Todo
mundo quer tirar o seu quinhão, mas vamos ampliar nossos canais de distribuição
e a oferta de produtos específicos”, diz. Alguns fatores contribuem para a
expectativa de incremento: o governo elevou para R$ 955 milhões os recursos
para subsidiar o prêmio das apólices, ante R$ 440 milhões em 2019; a maior
frequência de intempéries e um número crescente de financiadores da produção
interessados em oferecer seguro, em especial cooperativas de crédito e
agropecuárias.
Para
fazer frente à concorrência, a Brasilseg pretende ampliar sua capilaridade e
crescer na Região Nordeste, além de dar especial atenção à agricultura familiar
– o governo prevê subvenção de R$ 50 milhões exclusiva para o Norte e Nordeste.
Outra estratégia será a oferta de seguros multirrisco, em especial o que cobre
perdas decorrentes do clima e de oscilações de preços.
A
Brasilseg também espera fidelizar clientes com um aplicativo de sensoriamento
remoto que permite acompanhar o desenvolvimento dos talhões das lavouras, a
situação ambiental da propriedade, alertas climáticos, preços de commodities e
outros dados. As informações vinham sendo usadas para analisar remotamente
pedidos de indenização. O app foi oferecido a 200 produtores na safra verão de
2019/2020. A meta é disponibilizá-lo a 100% dos clientes ao longo de 2021.