Gestão de riscos e planejamento financeiro em alta
“O comportamento das pessoas realmente mudou”, avalia Nilton
Molina, presidente do conselho de administração da MAG Seguros, ao Sonho
Seguro. O executivo de 84 anos e vários outros analistas concordam que o
mundo será diferente quando tudo isso passar. E muito provavelmente, a proteção
da vida e do patrimônio terá um novo status.
“Passamos de uma mentalidade de ganho para uma mentalidade
de manutenção”, diz Simon Moore, CEO da Innovation Bubble, empresa de ciência
comportamental, segundo o Meio
& Mensagem. Em entrevista à rádio
CNseg, o presidente da confederação, Marcio Coriolano, comenta que, com a
crise, alguns riscos ficaram mais aparentes e todo o cenário vai despertar um
comportamento mais precavido das pessoas, que devem procurar mais por seguros.
“Gestão de risco e planejamento financeiro, além de
confiabilidade nas relações, serão prioridades no pós-pandemia. E as
seguradoras e operadoras serão protagonistas neste cenário”, avalia Rivaldo
Leite, presidente do Sindseg SP. No Estadão,
Hélder Molina, CEO da MAG, confirma a mudança:
“Ninguém acorda querendo comprar um seguro, mas o brasileiro está mais
apto a ouvir”. E completa na revista Apólice:
“As pessoas estão mais preocupadas com proteção e em cuidar do seu futuro”.
“Todo mundo vai querer ficar mais prevenido, o que atinge
muito o ramo de vida, saúde e previdência privada. O mercado de seguros tem
muita capacidade para isso, não podemos garantir o imprevisível, mas trabalhamos
com aquilo que previsível”, diz Coriolano.
Ele lembra também que o mercado já experimentava essa
tendência no Brasil. “Os desafios da economia nos últimos dois anos acabaram
levando as famílias a fazerem maior investimento em seguros para se proteger,
sobretudo, da ameaça do desemprego e da perda de renda”. A Covid 19, no
entanto, tornou o valor da proteção mais evidente.
“Diante do choque de realidade, alguns movimentos estão
claros: quem tem seguro de vida, saúde e/ou previdência – o trio básico das
precauções – encontra algum conforto e um mínimo controle sobre o que nos
escapa. Quem não tem (ou costuma se esquivar do assunto) começa a planejar o
investimento”, destaca reportagem de caderno especial sobre seguros, no Estadão.
O setor está empenhado em atender o crescente interesse do
público e esclarecer os fundamentos do seguro. “Nunca vi as seguradoras tão
unidas, entidades e corretores para pensar em novas formas de comunicação e
transparência”, diz o CEO da Icatu, Luciano Snel, em live da CQCS.