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Pandemia afeta de maneira limitada setor de seguros no Brasil, diz UBS

Valor Econômico - 03 de Junho de 2020

O Valor Econômico informa que o setor de seguros no Brasil tem sentido efeitos limitados da pandemia de coronavírus até o momento. Segundo o UBS, as companhias listadas do setor 'quase não têm exposição a cancelamentos'. O banco suíço calcula que houve uma contração anual de 29% nos prêmios subscritos de BB Seguridade, Porto Seguro e SulAmérica em abril, para R$ 13 bilhões, e um recuo de 3% no mês anterior na mesma base.

Em quatro meses de 2020, há um recuo de 1,8% nos prêmios subscritos. Os planos de previdência privada foram ainda mais afetados, com queda de 51% para receitas de VGBL em abril ante o mesmo mês de 2019 e retração de 15% em março.

No caso do seguro de vida, houve diminuição anual de 11% em abril, mas subida de 16,9% em março. Os prêmios subscritos de auto, por sua vez, tiveram recuo de 16% no mês passado na comparação com o mesmo período de 2019, mas também registraram um aumento de 2,7% em março.

A taxa de perdas do setor como um todo caiu de 49,9% em abril de 2019 para 41,7% este ano, devido à melhora da sinistralidade no segmento auto, que apresentou taxa de perdas de 44,4% no mês passado, ante 62,8% em abril de 2019. O UBS mantém as ações da BB Seguridade em recomendação de 'compra', enquanto deixa Porto Seguro e SulAmérica em 'neutro'.

Os analistas do banco suíço consideram o braço de seguros, previdência privada e capitalização do Banco do Brasil como mais resiliente em relação à crise e classificam o papel da companhia como defensivo dentro do setor. O banco projeta um preço-alvo em 12 meses de R$ 32 para a ação ordinária de BB Seguridade. Calcula preço-alvo da ON de Porto Seguro em R$ 45 e da unit de SulAmérica em R$ 62.

'A deterioração do cenário macro, resultando em menor renda disponível, deve pressionar os prêmios de seguros e a captação da previdência privada. Nós podemos ver um aumento de demanda por seguros de vida e saúde em um certo ponto, entretanto os pedidos de indenizações em ambos os segmentos devem subir. Por outro lado, o segmento auto deve se beneficiar com a queda dos sinistros devido à circulação limitada.'