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Crimes patrimoniais têm queda em SP em abril

Folha de S.Paulo - 27 de Maio de 2020

A Folha de S.Paulo destaca que o estado de São Paulo registrou no mês de abril queda em todos os indicadores de crimes patrimoniais e atingiu marcas históricas, como nos furtos em geral, roubos e furtos de veículos. Foram os menores números absolutos da série histórica iniciada em 2002 desses três tipos de crime, considerando todos os meses desses anos.

O único indicador a sofrer leve alta foi o de homicídios intencionais, que teve aumento de 3,4%, no segundo mês seguido de crescimento, de acordo com os dados divulgados pelo governo paulista na tarde desta terça (26).

A comparação é feita entre os dados de abril do ano passado, quando não havia nenhum tipo de medida de distanciamento social, com os registros feitos em abril de 2020, todo ele atingido pela quarentena decretada pela gestão João Doria (PSDB) por conta da pandemia do Covid-19.

Uma das quedas mais significativas foi nos furtos em geral. A redução chegou a 53,4%. Foram registradas 20.797 queixas no mês passado, ante 44.604 de abril de 2019. O menor índice registrado anteriormente era de março deste ano, 33.098, também afetado parcialmente pela quarentena.

Outra queda importante se deu com os furtos de veículo. Em abril do ano passado, foram registrados 7.782 crimes do tipo, ante 3.946 –uma queda de 49,2%. Em maio de 2014, por exemplo, foram 11.161 furtos.

Já os roubos de veículos recuaram 45,5% em abril deste ano em comparação a igual período de 2019. Eles foram de 4.070 veículos roubados, ano passado, para os 2.217 roubados mês passado.

“Tivemos uma redução de todos os indicadores, principalmente os crimes de oportunidade. Como você, em razão da quarentena, não teve um movimento nas cidades, não teve as pessoas transitando, não teve as pessoas comprando, saindo, acaba tendo essa redução. Se as pessoas não estão saindo, não tem a oportunidade”, disse o secretário-executivo da Polícia Militar, coronel Álvaro Camilo, da Secretaria da Segurança Pública.

De acordo com o secretário, a quarentena proporcionou uma redução das pessoas circulando e, por outro lado, uma presença maior do efeito policial nas ruas, que foram direcionadas de outros tipos de policiamento, como ronda escolar, escoltas e policiamento de estádio, para vigilância das pessoas nas ruas.

Até a falta de trânsito nas ruas contribuiu, segundo ele, para uma pronta resposta policiais. “Estamos em momento bom. [A quarentena] Prejudica por um lado, mas, nessa questão de segurança, São Paulo está bem” disse.