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Laudos mostram a nossa idoneidade, dizem representantes da Prevent Senior

Folha de S.Paulo - 05 de Abril de 2020

A Prevent Senior, que concentra 58% das mortes por Covid-19 de São Paulo, diz que seus números mostram um retrato real da pandemia, e que pior seriam os óbitos que estão ocorrendo na capital e que não aparecem nas estatísticas oficiais, estão subnotificados.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Fernando Parrilo, 52, presidente da Prevent Senior, e Pedro Benedito Batista Júnior, 36, diretor-executivo, rebatem críticas de autoridade como o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta sobre o alto número de mortes registrado pela operadora.

Eles dizem que a taxa de mortalidade de seus pacientes com Covid-19 acima de 80 anos está em 12% e é mais baixa do que a divulgada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para infectados para esse perfil de doente, de 14,8%.

'É preciso olhar para esses 79 óbitos da maneira mais correta possível. A cidade de São Paulo não tem a estrutura técnica para diagnosticar todos os óbitos como nós temos. Sobre os nossos óbitos eu tenho certeza. O problema são os óbitos que não estão sendo vistos, as famílias que não estão tendo essa resposta', diz Batista Júnior.

Segundo eles, as críticas são resultantes do desconhecimento sobre a seriedade com que a empresa atua há 23 anos em São Paulo. 'Nada de errado foi confirmado, temos os laudos que mostram a nossa idoneidade e a nossa qualidade.'

O que explica o fato de 58% das mortes por Covid-19, 79 de 136, terem ocorrido em hospitais da Prevent Senior?

Pedro Benedito Batista Júnior: Nós possuímos 25% da população idosa de São Paulo, que é de 1,8 milhão de pessoas acima de 60 anos. Temos 80 mil acima de 80 anos, uma população extremamente frágil. Nossa taxa de mortalidade nessa faixa etária é de 12%, abaixo da taxa média divulgada pela OMS que é de 14,8%.

O meu dado é real, tenho prontuário de todos os pacientes, tenho controle absoluto sobre esses dados. Os meus números mostram cada vez mais que a minha realidade é a realidade do que está acontecendo em São Paulo.

Há famílias relatando casos de pacientes que foram a óbito no dia 3 de março na cidade e que ainda não têm o resultado do exame. Muitas dessas mortes suspeitas podem nunca ser confirmadas.

Eu dou a resposta correta para o meu paciente e o mais rapidamente possível. Nós disponibilizamos relatórios para todas as instituições de vigilâncias sanitária e epidemiológica, ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar], e todas elas comprovam a veracidade de tudo.