Queda dos juros intensifica a busca por mais eficiência
Preparando-se para atuar num cenário de juros baixos por um longo tempo, as seguradoras brasileiras estão tomando iniciativas para melhorar as suas operações e as experiências dos segurados. Por meio do controle de despesas e sinistros e do investimento em novas tecnologias, elas buscam contrabalançar a perda dos resultados financeiros. Se, no passado, estes eram tão elevados que costumavam mais do que compensar ineficiências, hoje isso já não é mais verdade.
Com a meta da taxa Selic em
3,75% e a possibilidade de novas quedas, a expectativa é que esse cenário
permaneça por bastante tempo. “As aplicações das seguradoras são muito
reguladas e elas não podem tomar risco. A queda dos juros deve trazer uma
lucratividade menor”, afirma William Eid Jr., coordenador do Centro de Estudos
em Finanças da FGV. O processo de queda de juros começou em outubro de 2016 e,
embora as seguradoras possam ter ganhado com aplicações prefixadas no período,
a tendência ainda é redução dos resultados financeiros.
“Há dois ou três anos, ninguém
previa uma queda tão forte dos juros, mas as seguradoras já haviam começado a
buscar mais eficiência porque o mercado não havia crescido durante a recessão”,
diz Abel Colaço, sócio da Bain & Company. Ele acredita que essa busca deve
se tornar rotineira para as seguradoras, não só porque as novas tecnologias
estão mudando os negócios e se tornaram fundamentais, mas porque as condições
de mercado vêm se deteriorando.
Para combater a queda de
resultados financeiros, as seguradoras têm atuado em três frentes, conta o
Marcio Coriolano, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg):
ajuste das despesas administrativas, comerciais e da sinistralidade.
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