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Caixa está perto de escolher bancos para abertura de capital da área de seguros

O Estado de S. Paulo - 07 de Janeiro de 2020

O Estadão informa que a Caixa Econômica Federal está bem perto de bater o martelo em relação aos bancos que vão assessorá-la na abertura de capital de sua operação de seguros, a primeira na história do banco público. As reuniões com potenciais assessores ocorreram no ano passado.

Dois nomes já estariam certo no sindicato que vai tocar a operação. Um deles é o da própria Caixa, que vai usar as ofertas da casa para deslanchar seu banco de investimento. O outro é o do Morgan Stanley, que assessorou a instituição na seleção dos novos parceiros, passo fundamental para a abertura de capital da Caixa Seguridade, holding que concentra os negócios em seguros do banco público.

Os planos da Caixa incluem o pedido da oferta pública inicial de ações junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no início de fevereiro e a precificação da operação em abril. A extensa agenda é para a instituição ter tempo suficiente para uma rodada de conversas profundas junto a investidores, no Brasil e no exterior.

O próprio presidente da Caixa, Pedro Guimarães, escolhido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para gerir o banco no governo Jair Bolsonaro, deve participar das conversas, os chamados roadshows no jargão do mercado financeiro. A ideia era emplacar a abertura de capital da Caixa Seguridade no ano passado, mas os trâmites junto aos órgãos de fiscalização e controle atrasaram o cronograma.

A abertura de capital da operação de seguros está sendo tocado com máximo cuidado pela atual gestão da Caixa porque servirá de modelo para as demais que virão. O próximo da fila é a operação de cartões. Internamente, a ideia seria fazer a nova oferta inicial de papéis na sequência, já em junho. Em 2019, o banco iniciou um forte movimento de venda de ativos de empresas já listadas. Entre elas, participações que o banco detinha do ressegurador IRB Brasil Re, da Petrobras e do Banco do Brasil.

A expectativa da Caixa é listar sua seguradora na B3 com uma avaliação entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões. A fatia a ser vendida na bolsa pode ficar entre 20% e 25%. Procurados, Caixa e Caixa Seguridade não comentaram.