Caixa está perto de escolher bancos para abertura de capital da área de seguros
O Estadão informa que a Caixa Econômica Federal está bem perto de bater o martelo em relação aos bancos que vão assessorá-la na abertura de capital de sua operação de seguros, a primeira na história do banco público. As reuniões com potenciais assessores ocorreram no ano passado.
Dois nomes já estariam certo no
sindicato que vai tocar a operação. Um deles é o da própria Caixa, que vai usar
as ofertas da casa para deslanchar seu banco de investimento. O outro é o do
Morgan Stanley, que assessorou a instituição na seleção dos novos parceiros,
passo fundamental para a abertura de capital da Caixa Seguridade, holding que
concentra os negócios em seguros do banco público.
Os planos da Caixa incluem o
pedido da oferta pública inicial de ações junto à Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) no início de fevereiro e a precificação da operação em abril.
A extensa agenda é para a instituição ter tempo suficiente para uma rodada de
conversas profundas junto a investidores, no Brasil e no exterior.
O próprio presidente da Caixa,
Pedro Guimarães, escolhido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para gerir
o banco no governo Jair Bolsonaro, deve participar das conversas, os chamados
roadshows no jargão do mercado financeiro. A ideia era emplacar a abertura de
capital da Caixa Seguridade no ano passado, mas os trâmites junto aos órgãos de
fiscalização e controle atrasaram o cronograma.
A abertura de capital da
operação de seguros está sendo tocado com máximo cuidado pela atual gestão da
Caixa porque servirá de modelo para as demais que virão. O próximo da fila é a
operação de cartões. Internamente, a ideia seria fazer a nova oferta inicial de
papéis na sequência, já em junho. Em 2019, o banco iniciou um forte movimento
de venda de ativos de empresas já listadas. Entre elas, participações que o
banco detinha do ressegurador IRB Brasil Re, da Petrobras e do Banco do Brasil.
A expectativa da Caixa é listar
sua seguradora na B3 com uma avaliação entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões. A
fatia a ser vendida na bolsa pode ficar entre 20% e 25%. Procurados, Caixa e
Caixa Seguridade não comentaram.