IRB quer crescer no mundo digital
O Valor Econômico informa que o IRB estruturou suas operações para avançar na prestação de serviços para empresas do mundo digital - entre elas “big techs” e “fintechs” -, uma forma de ampliar a exposição da empresa aos seguros voltados para o varejo e elevar as margens da companhia.
“Nossa visão é de que esses
negócios têm potencial de impulsionar o crescimento da companhia no prazo de
cinco anos”, disse Fernando Passos, vice-presidente executivo financeiro e de
relações com investidores do IRB, durante encontro com analistas e investidores
ontem em São Paulo.
Passos afirmou que o IRB está
preparado para ajudar as empresas do mundo digital a fazer uma oferta de
seguros aos seus clientes, como exemplo desenvolvendo o plano de negócios, a
precificação ou o processo de sinistro. Um exemplo é a parceria com o banco
digital C6, firmada neste ano, em que o IRB terá preferência nos negócios de
seguro prestamista gerados pelos canais de distribuição do banco ao longo de
dez anos - a Fairfax será a seguradora.
Segundo Passos, nesse modelo de
negócio, os resultados são divididos pelas partes, mas há lastro num contrato
de resseguro de longo prazo. O executivo citou ainda a parceria com uma “big
tech” - cujo nome não revelou - que está estruturando uma operação de seguros
no país. O IRB está ajudando a desenhar o modelo de negócio e deve ser o
ressegurador. A big tech deve dar entrada na Susep com pedido para estruturar a
seguradora na primeira metade de 2020.
De acordo com Passos, novos
negócios do mundo digital têm margens superiores às identificadas no modelo
tradicional do IRB, mais voltado aos seguros corporativos. A margem do IRB está
em torno de 30%. “A leitura que temos é que, com os negócio digitais, o IRB vai
acessar seguros de varejo, que hoje a empresa acessa de forma incipiente e que
tem margens maiores do que o negócio de riscos corporativos.” No Brasil, o IRB
tem 37% de fatia de mercado, mas espera expansão em 2020.