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Maior risco do GP Brasil é o de cancelamento da prova

Valor Econômico - 14 de Novembro de 2019

O Valor Econômico relata que Dulce Thompson, corretora de seguros de entretenimento da empresa que leva o seu nome, é uma das brokers que estão envolvidas no milionário processo de seguros da Fórmula 1. Há mais de 20 anos trabalhando com exclusividade para a F1, a corretora diz que, apesar de não ser obrigatório, o maior risco que a competição carrega para seguradoras e resseguradoras é o de cancelamento do evento por condições aleatórias, como a climática.

“Este é o maior fantasma do produtor e do segurador de um grande evento porque perde o budget inteiro e tem que arcar com todas as despesas. Mas não é todo ano que os promotores contratam o seguro de cancelamento, que pode representar até 2% do custo total da produção do evento”, avalia Dulce Thompson.

No Brasil, resseguro de grandes riscos, que inclui grandes eventos, representa 40% do total de prêmios do setor, que nos últimos 12 meses até junho de 2019 foi de R$ 12,6 bilhões. “São seguros patrimoniais, industriais, barragens, infraestrutura. A parte de eventos, que inclui responsabilidade civil, faz parte de grandes risco também”, explica Rodrigo Botti, diretor do Sindicato das Empresas de Seguros e Resseguros do Estado de São Paulo (Sindseg -SP) e presidente da Terras Brasis, empresa de resseguros.

O setor estima que os contratos de seguros e resseguros em função do evento F1 gerem algo como R$ 500 mil em prêmios. “Pois são seguros mais focados em proteger o organizador local do evento”, explica Botti. Mas os valores se avolumam com outras coberturas. “Se formos para a cobertura de vidas e acidentes de equipes, pilotos e carros, os contratos ficam gigantes, o que elevam substancialmente os ganhos do setor”, avalia Rodrigo Avila, que assume em janeiro a presidência da Associação Brasileira de Grandes Riscos (ABGR).