Faturamento do mercado de seguros cresceu 18,6% em setembro
A Agência Brasil informa que o faturamento do mercado de seguros brasileiro cresceu 18,6% em setembro, em comparação ao mesmo mês de 2018, alcançando R$ 21,805 bilhões. No acumulado nos nove primeiros meses do ano, a alta foi de 12,3%, com faturamento de R$ 196,583 bilhões. Também nos 12 meses findos em setembro, o setor registrou aumento na receita de 8,9%, dando sequência à melhoria do desempenho observada desde o mês de julho.
Os números foram divulgados,
hoje (11), pelo presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros
Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização -
Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) -, Marcio Coriolano, que excluem
o segmento de saúde e o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos
Automotores de Via Terrestre (Seguro DPVAT). Essa é a terceira vez neste ano
que o faturamento do mercado atinge dois dígitos. A primeira ocorreu em julho,
de 11,3%, e a segunda em agosto, de 11,5%. “Em setembro melhorou ainda mais”,
comemorou Coriolano.
Os números positivos reforçam a
tendência de que a expansão do setor, este ano, pode superar os 8,7% previstos
pela entidade anteriormente. Como os próximos meses são períodos fortes em
termos de seguro, Coriolano disse que “a perspectiva é ter uma taxa de dois
dígitos encerrando o ano”. A análise por trimestres revela que o incremento
observado na receita do setor nos três meses encerrados em março era de apenas
1,3%, subiu para 3,1% no segundo trimestre de 2019 e, agora, no terceiro
trimestre, já está em 8,9%. “A tendência no quarto trimestre é ser ainda
maior”, prevê Coriolano.
Influências
De acordo com o boletim de
conjuntura da CNseg, o segmento de danos e responsabilidades vem perdendo
força, influenciado pela queda na procura dos seguros de automóveis. A evolução
anualizada do segmento registrou alta de 7,7% em março, comparativamente a
igual período do ano passado, caiu para 6,7% em 12 meses encerrados em junho, e
atingiu 5,5% no ano concluído em setembro, em relação aos 12 meses até setembro
de 2018.
Enquanto isso, o seguro de vida
mostrou trajetória ascendente. Nos 12 meses até março, o crescimento era da
ordem de 9,9%, subiu para 11,5% no ano encerrado em junho e daí para 12,6% nos
12 meses até setembro, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Os seguros de vida são destaque
com incremento de 27,07% em setembro, e prestamista (seguro que garante a
quitação de uma dívida ou de planos de financiamento do segurado no caso de sua
morte ou invalidez), com aumento de 22,24% no mês. Do mesmo modo, os títulos de
capitalização tiveram taxas positivas crescentes: 2% nos 12 meses até março,
4,2% nos 12 meses findos em junho, e agora dobraram para 8,2% no ano encerrado
em setembro.
A tendência de recuperação foi
notada também nos planos de acumulação do tipo Vida Gerador de Benefício Livre
(VGBL) e Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), como efeito da reforma da
Previdência. Esses planos reduziram a queda de 5,4% observada nos 12 meses
móveis até março, para menos 2,2% nos 12 meses até junho, e mostraram elevação
de 9,9% no ano encerrado em setembro. Analisando somente os dados do seguro
VGBL, observa-se aumento do faturamento, em setembro, de 35,01%, e no acumulado
janeiro/setembro de cerca de 18%.
Crescimento
Na avaliação de Marcio
Coriolano, “a boa notícia é que o mercado de seguros está crescendo bem apesar
da conjuntura econômica e política difícil. O mercado cresce porque as pessoas
estão querendo se proteger dos riscos”. Nesse cenário, o destaque são os
seguros residenciais, que cresceram 5,70% nos nove primeiros meses de 2019,
mostrando expansão de 14%, em setembro.
O presidente da CNseg acha que
os próximos meses deverão ser pautados também pela reforma da Previdência,
atingindo os fundos de pensão fechados que “estão cada vez mais aumentando o
número de elegíveis, para permitir que mais pessoas usufruam de uma proteção
ampliada com relação à reforma da Previdência”. Pela mesma razão, isso ocorre
nos planos de Previdência aberta vinculados à confederação. Para Marcio
Coriolano, em 2020, os planos previdenciários vão continuar a liderar o mercado
com folga, por conta da questão da Previdência.