Sócio de Penteado Mendonça e Char Advocacia e Presidente da Academia Paulista de Letras
A ELEIÇÃO DE JOE BIDEN E O SEGURO
A eleição norte-americana representa uma virada de cento e oitenta graus nos destinos do planeta. 04 de Dezembro de 2020A eleição norte-americana representa uma virada de cento e oitenta graus
nos destinos do planeta. Com Joe Biden na presidência da maior potência da
história, os Estados Unidos devem retornar ao seu papel de garantidor da ordem
internacional e deixar de lado a beligerância da era Trump, substituindo-a por
uma diplomacia pragmática, destinada a aparar as arestas que o mundo enfrenta e
que nos últimos anos reduziram as relações multilaterais e enfraqueceram
organismos e acordos importantes para a estabilidade do planeta.
O novo cenário já está trazendo consequências positivas e, a partir do
próximo ano, com a presidência em mãos mais competentes, a presença
norte-americana deve voltar a se acentuar nos organismos internacionais, como a
Organização Mundial da Saúde.
No campo político, a vitória da democracia liberal sobre as tendências
autoritárias abre espaço para que a ordem internacional volte a usufruir das
vantagens de decisões negociadas em lugar de imposições demagógicas, que
serviram apenas para desestruturar os acordos vigentes, comprometendo as ações necessárias para combater o aquecimento
global, o protecionismo empresarial, a falta de confiança recíproca e tudo de
negativo que atingiu o mundo nos últimos quatro anos.
A mudança não acontecerá em poucos meses, nem vai atender aos melhores
anseios dos idealistas que sonham com um mundo baseado na justiça social, na
repartição das riquezas e no desenvolvimento equilibrado das nações.
As disputas continuarão vivas. A briga pela hegemonia na banda 5G não vai
acabar do dia para a noite. As relações comerciais continuarão levando em conta
o protecionismo de mercados atendidos por produtores menos eficientes. Questões
pontuais serão apresentadas como sendo essenciais. A mentira e a distorção dos
fatos continuarão pautando temas sensíveis. E a falta de líderes competentes à
frente das principias economias seguirá retardando soluções multilaterais que
seriam vantajosas para todos.
De outro lado, a economia é movida mais por expectativas do que pelos
fatos e, como estas são positivas, as engrenagens começam a se acelerar,
aquecendo inicialmente as bolsas de valores e mercadorias, para depois se
espalharem por toda a cadeia produtiva, aumentando as relações comerciais entre
os países.
Mais relações comerciais significa mais trocas entre as nações, mais
negócios, mais importações e exportações, mais produção e geração de postos de
trabalho em praticamente todos os setores econômicos.
Isto tudo quer dizer mais seguros. Mais seguros patrimoniais, de linhas
financeiras e de pessoas. O aquecimento da economia demanda proteção para o
parque produtivo, para os negócios, o transporte, o armazenamento e o financiamento
das mais variadas transações.
Economia aquecida significa sociedades mais bem atendidas, mais
capacidade de investimentos sociais, obras de infraestrutura e geração de
riqueza. Significa, portanto, mais recursos para o cidadão comprar proteção
para si, sua família e seu negócio. E isto é feito através da compra dos
seguros destinados a atender suas necessidades.
Nos próximos anos, as relações internacionais devem voltar ao centro do
debate. E as soluções conjuntas para os diferentes problemas devem fomentar o
processo de globalização, freado pelas ações protecionistas norte-americanas e,
mais severamente, pela pandemia do coronavírus.
Atualmente, o mundo se vê frente a novos desafios, todos capazes de
causar danos de monta na economia e no equilíbrio social. A longevidade, novas
pandemias, eventos de origem climática, riscos cibernéticos e as profundas
mudanças sociais e comportamentais colocam na mesa riscos inéditos e com
potencial devastador para governos, empresas e pessoas.
Cabe ao setor de seguros se antecipar e providencias os estudos
indispensáveis para apresentar as melhores soluções de proteção para as diferentes
sociedades e situações. A eleição norte-americana é o gancho para o processo decolar.