Clínicas populares querem clientes dos planos com coparticipação e franquia
E mais: BR Insurance incorpora 4 subsidiárias de intermediação de seguros. Apesar do custo, procura por seguro para celular dispara no Brasil. Generali faz parceria para baratear acesso e extinguir glosas
Grande imprensa - 14 de Julho de 2018Destaques
Em reportagem do Globo sobre as clínicas populares, o CEO da Policlínica Granato,
Paulo Granato, diz que, “anteriormente, nosso foco era o paciente de baixa
renda, mas hoje é aquele que não tem plano de saúde; e passará, em breve, a ser
o paciente que tem plano com coparticipação e franquia”.
O Estado
de S. Paulo
anota que a OAB contesta no STF resolução da ANS que prevê cobrança de até 40%
de clientes em planos. “A lei que cria a ANS determina que ela fiscalize o
setor visando à proteção e à defesa do consumidor. Claramente ela se desviou de
sua finalidade”, afirma Claudio Lamachia, presidente da OAB
A IstoÉ
Dinheiro relata que a seguradora Generali faz parceria com empresa que visa
a baratear o acesso a consultas explorando brechas nas agendas dos médicos. Além
disso, vai montar um sistema em que todos os pagamentos são processados por um
cartão pré-pago. 'Isso reduz a zero o risco de inadimplência e de
glosas', diz Tuca Ramos, fundador da Tem, parceira da Generali.
Por falar em glosa, o Monitor Digital destaca pesquisa apontando que, em 2017, foram
retidos R$ 331 milhões por convênios, planos de saúde e seguradoras e outros R$
100,8 milhões foram glosados. “Existe uma glosa linear de cerca de 20%, sem
qualquer critério, apenas para postergar os pagamentos”, afirma Sergio Rocha,
presidente da Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de
Produtos para Saúde (Abraidi).
O
Estado de S. Paulo destaca
que, no ano passado, total pago por usuários de seguro para celular subiu 70% e
atingiu R$ 900 milhões, segundo a FenSeg. Expectativa é que a modalidade, que
custa até 25% do preço do aparelho, conquiste mais 2 milhões de clientes até
dezembro.
O portal Money Times registra que a BR Insurance informou ao mercado na
noite desta sexta-feira (13) a incorporação de quatro subsidiárias de
intermediação de seguros. São elas: Aral Administradora de Benefícios Ltda,
Barrasul B.I. Corretora de Seguros Ltda., GDE B.I. Corretora de Seguros Ltda. e
Laport B.I. Corretora de Seguros Ltda.
Resumo
das notícias
BR
Insurance incorpora 4 subsidiárias de intermediação de seguros
O portal Money Times registra que a BR
Insurance informou ao mercado na noite desta sexta-feira (13) a incorporação de
quatro subsidiárias de intermediação de seguros. São elas: Aral Administradora
de Benefícios Ltda, Barrasul B.I. Corretora de Seguros Ltda., GDE B.I.
Corretora de Seguros Ltda. e Laport B.I. Corretora de Seguros Ltda.
A companhia destacou que “a
administração acredita que as incorporações irão melhorar a organização de suas
atividades em razão da concentração dos investimentos, aumento de eficiência e
ganho de sinergias, ganho de eficiência operacional, administrativa, contábil e
de gestão, diminuição dos custos operacionais e financeiros, deixando cada uma
das Incorporadas de ser uma unidade autônoma para compor uma única estrutura
integrada e eficiente”.
“A companhia é, nesta data,
titular da quase totalidade do capital social das Incorporadas e, até a data da
incorporação, será titular de 100% das quotas mediante a aquisição das quotas
pertencentes aos demais quotistas, pelos seus respectivos valores nominais”,
informa a empresa em comunicado.
Os custos com a Incorporação,
incluídas as despesas com publicações, auditores, advogados e demais
profissionais contratados para assessoria na Incorporação serão da ordem de,
aproximadamente, R$ 65.251,00.
Apesar
de custo alto, procura por seguro para celular dispara no Brasil
O Estado de S. Paulo relata que,
em meio aos altos índices de criminalidade no País, as seguradoras estão
faturando com o aumento da demanda por seguro de aparelhos de telefone celular.
Atualmente, já existem 2,5 milhões de aparelhos segurados, mas a expectativa é
que esse número alcance 4,5 milhões de usuários até o fim do ano, segundo a
Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg).
Em um ano, o valor total pago em
mensalidades pelos usuários desse produto saltou 70%, de R$ 530 milhões, em
2016, para R$ 900 milhões, em 2017. Segundo a FenSeg, o total desembolsado
corresponde a cerca de 15% a 25% do valor do aparelho, dependendo da cobertura
contratada.
No ano passado, 300 mil donos de
aparelhos segurados foram indenizados. 'O custo (ao consumidor) não é tão
bom. O risco eleva o preço', disse Bruno Kelly, professor da Escola
Nacional de Seguros.
Um exemplo de cliente da
modalidade é a gerente de projetos Viviane Queiroga, que já está na sua segunda
apólice de seguro de aparelho telefônico. A primeira foi resgatada sete meses
após a contratação, quando teve o telefone roubado. O investimento foi elevado,
entre as parcelas mensais de R$ 75 que já tinham sido quitadas e a franquia de
32% do valor do aparelho, paga na ocasião do roubo, ela calcula ter
desembolsado cerca de R$ 2 mil, a metade do valor do celular roubado.
'Acabei com o mesmo aparelho
e pela metade do preço que pagaria. Se eu tivesse sido roubada sem o seguro,
teria de comprar outro', ressaltou Viviane, lembrando que o atendimento de
sua seguradora passou longe da perfeição. 'Deu trabalho. Enviei várias
mensagens dizendo que não aceitaria um modelo inferior, que era o que estavam
me oferecendo. Mas daí eles disseram que procurariam um fornecedor e acabaram
me dando um aparelho do mesmo nível', ressaltou.
Startup
conecta o mercado de seguros e fatura r$ 1,8 milhão
Digite “seguro para automóvel” no
Google e é bem possível que você seja direcionado para uma das páginas da
Segfy, startup de Curitiba (PR) que oferece automação e inteligência para
conectar corretores de seguro, seguradoras e segurados, conta a Pequenas Empresas & Grandes Negócios.
“Assim como a Airbnb é a maior rede hoteleira
sem ter nenhum hotel, nós queremos ser a maior empresa de agenciamento de seguros
sem ter nenhum corretor contratado por nós”, afirma o CEO, Leonardo Mack, 25.
Desde que assumiu os negócios
antes liderados pelo seu pai, em 2014, Mack vem promovendo grandes
transformações.
Mudou o nome (que antes era Villa
IT) e ampliou os serviços oferecidos pela plataforma, que passou de um
gerenciador para corretores de seguros a um pacote mais completo de gestão. O
faturamento começou a crescer 40% ao ano e faturou R$ 1,8 milhão em 2017.
São mais de 700 corretores de
seguro, pagando um tíquete médio de R$ 252 para usar as ferramentas da
plataforma, e 455 mil usuários impactados.
Agora a Segfy se prepara para dar
um passo ainda mais ambicioso. “Estamos concluindo a fusão com as empresas de
tecnologia Cotak e Leosoft Multicálculo com o objetivo de construir o maior
ecossistema de empresas de tech no setor”, anuncia Mack.
Com a estratégia, o faturamento
deve alcançar os R$ 8 milhões, com mais de 5 mil assinantes. “O corretor de
seguro é uma figura muito importante, mas é solitário. Nós costumamos dizer que
esse mercado é um exército enorme sem comandante. Nós entramos para assumir o
comando”, afirma Mack.
Clínicas
populares querem clientes dos planos com coparticipação e franquia
O Globo relata que egressos de
planos de saúde, que perderam em Niterói 4% de seus clientes de maio de 2017 a
maio deste ano, recorrem às clínicas populares. A queda registrada pela ANS é constatada
pelo CEO da Policlínica Granato, Paulo Granato. Ele afirma que o setor, antes
abastecido pela população de baixa renda, hoje absorve clientes que não têm
mais planos de saúde. Futuramente, prevê, haverá migração dos que têm planos
com franquia e coparticipação.
Niterói tinha 282 mil usuários de
planos de saúde em maio deste ano, contra 294.700 no mesmo período de 2017, uma
diminuição de 4%, segundo a ANS. Além da crise financeira, os reajustes nas
mensalidade explicam a queda. Os prejuízos para o consumidor, porém, podem se
intensificar com as novas regras dos planos de saúde, que introduzem a
coparticipação e a franquia. Nesse contexto, serviços como o das clínicas
populares continuam em crescimento na cidade.
Paulo Granato, CEO da Policlínica
Granato, que tem filial no Plaza Shopping, afirma que o público-alvo do setor
começa a abranger também aqueles que têm contratos nesses novos formatos de
planos de saúde.
“Anteriormente, nosso foco era o
paciente de baixa renda, mas hoje é aquele que não tem plano de saúde; e
passará, em breve, a ser o paciente que tem plano com coparticipação e
franquia”, ressalta o CEO.
OAB
contesta no STF resolução da ANS que prevê cobrança de até 40% de clientes em
planos
O Estado de S. Paulo anota que o
presidente da OAB, Claudio Lamachia, inicia nova batalha contra agências
reguladoras. Desta vez, vai ao STF para brigar com a Agência Nacional de Saúde
(ANS) pela regra que aumenta, a partir do fim deste ano, o valor que planos
podem cobrar das coparticipações e franquias.
“A lei que cria a ANS determina
que ela fiscalize o setor visando à proteção e à defesa do consumidor.
Claramente ela se desviou de sua finalidade”, afirma Lamachia. A OAB apresentou
ontem a ação no Supremo.
Generali
faz parceria para baratear acesso e extinguir glosas
A revista IstoÉ Dinheiro relata que a
Generali fechou uma parceria com a prestadora de serviços de saúde Tem. 'A
ideia é facilitar o acesso dos clientes a médicos e laboratórios com preços
mais competitivos do que os dos planos de saúde disponíveis no mercado',
diz Antonio Cássio dos Santos, CEO da seguradora italiana para as Américas e
para a Europa do Sul.
O objetivo da Tem é otimizar os
recursos que estão à disposição dos pacientes, e não são utilizados, de modo a
reduzir os custos. Para isso, a empresa conta com uma rede de mais de seis mil
médicos e laboratórios cadastrados. 'Nosso sistema permite marcar
consultas e exames em brechas nas agendas de médicos e laboratórios e remunerar
os prestadores de serviços de forma competitiva', diz Tuca Ramos, fundador
da Tem. Segundo Ramos, uma reclamação recorrente dos médicos e laboratórios é a
dificuldade em receber pelos serviços prestados, pois é comum que as operadoras
contestem consultas e procedimentos e neguem os pagamentos, operação denominada
glosa.
Para evitar esses problemas, a
saída da Tem foi montar um sistema em que todos os pagamentos são processados
por um cartão pré-pago. O cliente credita uma quantia e a usa para pagar a
consulta, a um custo médio de R$ 80. 0 atendimento é agendado pelo sistema da
Tem, que é remunerada por esse serviço. 'Isso reduz a zero o risco de
inadimplência e de glosas', diz Ramos.
Planos,
seguradoras e convênios retêm 20% do faturamento de empresas do setor de saúde
O Monitor Digital completa que, em
2017 foram retidos R$ 331 milhões por convênios, planos de saúde e seguradoras
e outros R$ 100,8 milhões foram glosados, embora tivessem sido previamente autorizados.
As distorções constatadas atingiram 87% dos integrantes da Associação
Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (Abraidi)
ouvidos em pesquisa realizada pela entidade.
Segundo Sergio Rocha, presidente
da Abraidi, os dados mostram que “existe uma glosa linear de cerca de 20%, sem
qualquer critério, apenas para postergar os pagamentos”. O resultado da
pesquisa também foi entregue, recentemente, a presidente da FenaSaúde, Solange
Mendes, que se disse surpresa com os números.